Existe um muro
Um quarto escuro
E uma vontade de colocar tudo abaixo
Reduzir a pó o obstáculo que eu coloquei entre nóis
Existe uma vontade
Um desejo inconsciente
De permanecer aqui dentro
E ter meus olhos em contato com o resto do mundo atráves de buracos em tijolos
Existe uma memória
Uma lembrança perene
Que me faz querer sair daqui de dentro
E buscar em ti a força e o motivo que eu preciso para começar
E disparar chutes contra essa parede
Existe um pouco de pó
Um resto de cimento
Que denuncia que o responsável pela obra fui eu
O distraído arquiteto que projetou esse lugar sem janelas ou portas
E não saída, pois
É um poema de estrofes pares
É um empate técnico
Na minha balança de argumentos
É uma poesia de versos tortos
É uma prosa sinuosa
Sobre um coração sem rimas..
quinta-feira, maio 06, 2010
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